Os novos desenhos animados romperam as barreiras etárias e por terem amadurecido como meio de expressão, não é mais possível destiná-los tão somente ao público infanto-juvenil, como também não é desejável que as crianças e os jovens se apropriem desta manifestação artístico-cultural como se fossem exclusivamente destinados a eles.
Daí que trabalhar desenhos animados na escola é um desafio compensador, mas que exige, na preparação da aula, mais do que “sentar-se para dar uma olhadinha no filme!”...
É necessário, por vezes, semanas de trabalho prévio para se preparar uma seqüência de aulas (estes desenhos rendem muitas aulas!) Um bom exemplo de desenho animado polissêmico, de temática complexa e ao mesmo tempo encantador e atrativo é O castelo animado, de Hayao Miyazaki. Observe abaixo um pequeno trecho de um texto de apoio que serviu de subsídio à análise deste desenho:
O herói pós-moderno, como as personagens das histórias em quadrinhos ou as do cinema contemporâneos, é pleno de incertezas, e não mais o ser invencível do bem e da verdade, pois é marcado por desconstruções visuais e textuais, demonstrando a sua fraqueza, suas incertezas e sensibilidade frente às lutas cotidianas... (Rahde e Cauduro)
Fonte: http://www.compos.org.br/seer/index.php/e-compos/article/viewFile/180/181
Extraído de um dos capítulos de Se ler é uma viagem, quando é que a gente volta? deste autor que vos escreve.
Nenhum comentário:
Postar um comentário