. sopesar (considerar, interpretar, avaliar)
. ponderar (pensar muito sobre; meditar, refletir)
. inferir (concluir, deduzir)
enfim, entre essa gente que lê, pensa e opina sobre o que os outros escrevem há quase um consenso sobre o que denominam por aí (impropriamente ou não) como sendo literatura de auto-ajuda.
O quase-consenso indica que esta literatura não é lá muito recomendável, pelos seus supostos efeitos colaterais. O que muda nas apreciações críticas (exageradas ou sensatas) são os enfoques, o modo de se avaliar o que seja este verdadeiro movimento em favor da salvação dos leitores às voltas com tantos problemas pessoais a lhes atazanar a vida.
Deixo, pois, ao leitor a avaliação parcial e não-conclusiva do que seja a literatura de auto-ajuda em suas multifacetadas realidades e o que se diz sobre ela...
O escritor João Anzanello Carrascoza, vinculado profissionalmente às atividades da redação publicitária, à ocupação acadêmica e ao trabalho literário (tradução, reescrita/revisão, etc.) nos fala sobre o tema, a partir de sua entrevista sobre o trabalho de readaptar Pollyanna, o clássico infanto-juvenil, da norte-americana Eleanor Porter.
Um trecho da entrevista:
Um livro de auto-ajuda apresenta a visão hegemônica de que tudo tem que ser bom, de que você tem de sair das dificuldades porque tudo é maravilhoso. O estilo é sempre de uma literatura de aconselhamento, com um discurso autoritário de cima para baixo: "você não pode ficar triste, você tem que levantar e ser feliz". Isso tira espaço de você conviver com sua dor e, a partir daí, gerar uma solução para ela.
A entrevista completa.
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