terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Para certos dias de chuva, nada com um "poema ao sol"


Poeminha ao sol
Abel Sidney

Uma placa gigante, na beira da rua
Anunciava aos gritos:
“Um grande astro é o que ele é. Aguardem!
Amanhã cedo vocês o verão...”

E ele veio, junto com esta nova estação -
Numa imensa sorte, pois o dia que
Parecia trazer chuva, só chuviscou...

Pra quem entendeu, foi claro que
O sol era o grande astro trazendo
Junto consigo, oficialmente, o verão!

Não era astro do cinema ou televisão,
Pois o sol não precisa de muito,
Nenhuma força faz pra aparecer.
Ele brilha por si só, até mesmo sem querer.

Ele nasce despretencioso e já aquece,
Nos trazendo ânimo e alegria
- pra mim, pelo menos, que adoro
Dia ensolarado, bom de tomar banho
No rio, no igarapé ou no mar...

Mas tem dia que ele nasce,
Mas não aparece, pois alguém
Vem e lhe rouba a cena e o ardor:
A chuva, o frio e outros tempos
De esconder seus raios e seu calor.

Mas fique sabendo: o sol está sempre lá
Além das nuvens, esperando oportunidade
De aqui voltar e se espraiar

Ele, como certos sentimentos
Que agasalhamos aqui dentro
- esperança, certeza do amanhã,
Assim como em nossos dias cinzentos
A fé sempre ressurge - alento e vida a retornar

Como sem nos darmos conta,
Respirando fundo, confiante
Pegamos a estrada e seguimos adiante
Para uma nova jornada iniciar,
Eis que também o sol nos vem brindar
- um amigo distante e tão próximo
A nos acolher e acompanhar...

Poeminha feito para crianças, pequenas ou grandes. Era para ser uma historinha...
...nestes dias do início de janeiro de 2010

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