Chegou carta!
"- Quando as novas contas chegarem
nem quero estar aqui:
- melhor estar mesmo por aí
vivendo a vida sem pressa
inclusive de voltar pra casa
pois preciso garantir não só
o pão de cada dia
mas principalmente aquele
outro pão - o da alegria
"- Quando as novas contas chegarem
nem quero estar aqui:
- melhor estar mesmo por aí
vivendo a vida sem pressa
inclusive de voltar pra casa
pois preciso garantir não só
o pão de cada dia
mas principalmente aquele
outro pão - o da alegria
(a patroa entrou, agora, numas de deprê!)
preciso colher qualquer alegria:
preciso colher qualquer alegria:
- a do cachorro que ao saltar para
comer comida fria, guardada,
dispensada, do outro dia
acaba por encontrar boa companhia
para partilhar a fina iguaria
dispensada, do outro dia
acaba por encontrar boa companhia
para partilhar a fina iguaria
- a do idoso que coleciona sombras,
ao insistir em acompanhar por cima do muro
a projeção das figuras na parede
que desfilam morro abaixo ou acima...
- a da criança que faz ponte improvisada
no filete d'água do esgoto
para fazer passar seu carrinho
feito das artes de sua própria e
improvisada carpintaria..."
Ele chega e descobre que o banco lhe enviou aviso
que o PIS está na conta
- a da criança que faz ponte improvisada
no filete d'água do esgoto
para fazer passar seu carrinho
feito das artes de sua própria e
improvisada carpintaria..."
Ele chega e descobre que o banco lhe enviou aviso
que o PIS está na conta
Nem precisaria mais das outras alegrias
Imaginadas e já colhidas,
mas assim mesmo comenta
aos poucos os acontecidos do dia
- para espantar, esconjurar a deprê
que nesse instante já debandou...
que nesse instante já debandou...
(o sorriso da patroa se abriu como flor
dessas, que ao sol, de súbito, da vida traz notícia)
Sob inspiração do Fabrício Carpinejar e do Mário Rui
16/julho/2008 |relido e refeito em 23 jan e 29 mar 2011
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