quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Inteligência e simpatia em face da ausência de espírito cívico e coletivo

Manuel Laranjeira afirmou em Portugal como Problema algo que diz respeito a nós mesmos, deste outro lado do Atlântico.
...a falta da noção de comunidade cívica agravada por desigualdades e divórcios entre os grupos sociais, entre a elite e o povo. A principal causa do mal português [brasileiro, rondoniense] era a falta de simpatia inteligente entre os que sabem e os ignorantes, entre os poderosos e os fracos, entre as minorias e as maiorias, transformando-nos num povo sem comunidade de pensar e de sentir, numa gritante falta de vida coletiva, separando a enorme massa ignara de uma pequena elite extremamente culta e civilizada...
Muito curioso este conceito de "simpatia inteligente".

O certo é que a ausência de uma "comunidade cívica", de autênticos cidadãos, nos priva de criar e manter uma "comunidade de pensar e de sentir", o que causa por aqui também a citada "gritante falta de vida coletiva".

Quando prestei serviço à Caixa Econômica há uma década percebi, ao vivo e em cores, o que significava esta ausência de "vida coletiva" nos conjuntos habitacionais da Caixa em Porto Velho - somente com muitos atrativos se conseguia promover uma simples reunião para se tratar de recursos a ser aplicado em favor dos próprios moradores.

Há muito o que fazer no plano coletivo neste sentido. Talvez seja necessário o transcurso de uma ou mais gerações para se criar um verdadeiro espírito de coletividade em nossa capital...

No plano individual, no entanto, a tarefa é mais urgente e podemos começar desde já o exercício de nos tornarmos inteligentemente mais simpáticos!