quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Enquanto se espera nenê...

Fui à podóloga com minha esposa, curioso para saber como é o trabalho dela... Não sabia que existia tanta unha encravada por aí até começar a pagar os serviços desta profissional, praticamente todo mês!

Havia também uma manicure no local. E uma grande sala de espera, onde não consegui fazer o que mais gosto nestas ocasiões: colocar em dia a leitura das revistas de fofoca... 

O movimento estava grande e acabei foi ouvindo conversa alheia, como esta que reproduzirei abaixo.

Nem preciso dizer o quanto aprendi e me diverti neste dia! As duas personagens pareciam não se conhecer previamente. Determinados ambientes convidam a conversas espontâneas ou inusitadas...

- Que barriga é essa?
- Estou esperando nenê!
- Acho melhor você esperar sentada, pois eles costumam demorar pra chegar.
- Que nada! Até que passa rápido.
- E como você sabe disso?
- Ora, já é o meu terceiro filho!
- E é é?!
- É!
- Muitos chegam mesmo apressados... Querem nascer antes da hora!
- Isso depende da mãe e dos outros apressadinhos à nossa volta. Eu não tenho pressa de nada. Curto cada segundo e converso muito com ele...
- Que legal! E sobre o que vocês conversam?
- Ah, são assuntos de família.
- E você não pode revelar?
- Não!
- Nadinha?
- Só uma coisa posso dizer...
- Ah, fala logo!!
- ... que ele sempre terá o meu apoio.
- Só isso?
- Como só isso?
- Mãe que é mãe sempre apoia os filhos, que eu saiba!
- É verdade. Apoiam na hora e nas coisas erradas. Grande ajuda!!
- E que apoio é esse, então, que você está se referindo?
- Apoio é também arrimo, proteção, alavanca. É força para fazer crescer saudável. Ele terá sempre o meu apoio nos seus bons propósitos. Mas se ele vacilar...
- Sim, o que você fará? Já está prometendo surra, é?
- Prometendo, não, estou alertando sobre tudo o que não tolero.
- Diz, então, só uma coisa que você não tolera!
- Eu já disse que é assunto de família... Mas vou dar um exemplo: não tolero roupa de menino espalhada pela casa.
- Ah, sim, e você julga que isso é coisa importante, então?
- Na minha casa, sim. Na Casa da Mãe Joana eu não faço ideia do que acham. Há muitas maneiras de nos divertirmos sem ser à custa dos outros. Comigo é assim: bagunçou, arrumou!
- E você já conversa com ele sobre isso?
- Converso. Nós o esperamos com muito amor, mas ele precisa saber o que o espera.
- Ah!!