sexta-feira, 8 de março de 2013

Relíquias do Vô Daylor - Balas Carlito (ii)

Pouco pude conhecer, ainda, da figura do industrial Ernestides Lopes, fabricante de doces. Pressinto, porém, estar no encalço de um desses anônimos homens além do seu tempo.

O rótulo das balas Carlito, que começamos a apresentar aqui neste blog, é indício da inteligência e sensibilidade deste empreendedor.

O Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro (1891 a 1940), em sua edição 91, nos dá notícia de que ele também comercializava rapaduras, conforme o recorte feito aí abaixo.

No Diário Official (Revista da Propriedade Industrial), de 17 de novembro de 1936, Ernestides requisitava a patente do Chocolate Lopes com leite.

As balas Carlito surgiria em meados dos anos 30, na esteira do sucesso dos filmes do Charles Chaplin.

O que mais nos chamou a atenção foi o trabalho do ilustrador contratado para desenhar os rótulos: ele fez o Carlito vivenciar situações as mais diversas em muitos lugares, tendo também retratado o mundo gaúcho e, particularmente, o porto-alegrense.

Carlito anda de bonde, banca o gaúcho (montando e caindo do cavalo), toca gaita de 8 baixos, se faz de goleiro, vai passear no Mato Grosso, canta em programa de auditório, brinca o Carnaval...

Quem teria sido este ilustrador?

Qual a participação do "fabricante" Ernestides na elaboração dos rótulos?

Vô Daylor guardou 77 rótulos das balas Carlito.

A última é deste personagem morto, com seu chapéu e a bengala pendurados na lápide. Modo inequívoco de dizer que se encerraria a série destes instigantes "papéis de bala".

Abaixo apresentaremos um a um, em destaque, os rótulos, tal como foram colecionados.

figurinha 1




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