Pouco pude conhecer, ainda, da figura do industrial Ernestides Lopes, fabricante de doces. Pressinto, porém, estar no encalço de um desses anônimos homens além do seu tempo.O rótulo das balas Carlito, que começamos a apresentar aqui neste blog, é indício da inteligência e sensibilidade deste empreendedor.
O Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro (1891 a 1940), em sua edição 91, nos dá notícia de que ele também comercializava rapaduras, conforme o recorte feito aí abaixo.
No Diário Official (Revista da Propriedade Industrial), de 17 de novembro de 1936, Ernestides requisitava a patente do Chocolate Lopes com leite.
As balas Carlito surgiria em meados dos anos 30, na esteira do sucesso dos filmes do Charles Chaplin.
O que mais nos chamou a atenção foi o trabalho do ilustrador contratado para desenhar os rótulos: ele fez o Carlito vivenciar situações as mais diversas em muitos lugares, tendo também retratado o mundo gaúcho e, particularmente, o porto-alegrense.
Carlito anda de bonde, banca o gaúcho (montando e caindo do cavalo), toca gaita de 8 baixos, se faz de goleiro, vai passear no Mato Grosso, canta em programa de auditório, brinca o Carnaval...
Quem teria sido este ilustrador?
Qual a participação do "fabricante" Ernestides na elaboração dos rótulos?
Vô Daylor guardou 77 rótulos das balas Carlito.
A última é deste personagem morto, com seu chapéu e a bengala pendurados na lápide. Modo inequívoco de dizer que se encerraria a série destes instigantes "papéis de bala".
Abaixo apresentaremos um a um, em destaque, os rótulos, tal como foram colecionados.
figurinha 1


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