domingo, 1 de janeiro de 2012

Poema de Ano Novo e todos os dias


Nem o mundo, nem este poema há de acabar...

Hoje é domingo - dia de chuva?
nem um pingo!

Se pingo de chuva cai na gente
a gente se encharca...
como Noé faremos uma arca:
nos abrigamos do sol e da chuva
e celebraremos o casamento da viúva

Da viúva do tamanduá-bandeira
aquela que mora na floresta
perto do rio, bem na beira
rio habitado por peixes
todos começados em pê
poraquê, piranha, pirarucu
pirarara, pintado e pacu

Tem dia que chove piaba
pequeno peixe que cai do céu...
muita gente, nessa hora, se pergunta:
se boca grande tem o chapéu
e se a piaba nele cair
ele pode tudo engolir...

Tudo engolido, saciada a fome
nem mais festa precisamos fazer!

Termino eu este poema
com chuva ou com sol?
na dúvida evoco o prazer
de falar de futebol...

Se o mundo é uma bola
e se a alegria - mesmo que só de alguns
é fazê-la chegar ao gol
subo mais alto, batendo as asas
como um pássaro em pleno vôo
vendo o mundo bem de cima
e sem nenhum medo ou cisma
de que este mundo há de acabar
nem mesmo este poema corre risco, afirmo
pois há sempre novos verbos
para se rimar...

Finalizado em 1º de janeiro de 2012, domingo.

Um comentário:

Emerson disse...

gostei muito dos textos...se puder me segue ae...
http://nyusdelirium.blogspot.com.br/